Pegue um calção negro, clássico, e acrescente uma límpida camisa branca, além de meias igualmente brancas. O toque final fica por conta de uma imponente águia no peito. Pronto. O uniforme da temida e competitiva Seleção Alemã está feito. Sem invencionices nem estardalhaços. Sem mais detalhes ou grandes invenções. Foi assim que eles derrotaram a Hungria de Puskás na final da Copa de 1954. Vinte anos depois, eles também jogaram assim contra a Holanda de Cruyff. E venceram. Em 1990, lá estavam eles de novo em branco e preto contra a Argentina de Maradona. E de novo eles conquistaram o mundo, mas com um leve toque de cor no branco da camisa.
A Alemanha, tricampeã do mundo e da Europa, começou a utilizar a combinação bicolor para seu time de futebol em 1908, quando os dirigentes escolheram a bandeira do antigo estado da Prússia, do século 19, como base da vestimenta da equipe. O primeiro uniforme era todo branco com uma grande faixa vertical (que virou horizontal alguns anos depois) preta no centro da camisa e a águia que simbolizava o estado prussiano sobreposta como um escudo. A escolha caiu no gosto de todos e o calção ganhou cores pretas com o passar dos anos, além de a camisa ficar inteiramente branca com pequenos detalhes pretos na gola e nas mangas. O “kit” virou um verdadeiro símbolo do país e jamais sofreu mudanças em suas cores principais.
O fato curioso ficou por conta da camisa reserva da equipe, que só passou a ser utilizada após a II Guerra Mundial pelo aumento no número de partidas fora de casa. Reza a lenda que a cor verde, peculiar e tradicional nos uniformes reservas do time germânico, foi escolhida em homenagem à seleção da Irlanda, primeira nação a jogar contra a Alemanha após os conflitos bélicos dos anos 40, num claro exemplo de gratidão dos alemães para com os irlandeses. Dizem, também, que após a tal partida amistosa os alemães trocaram de camisas com os rivais e, tempo depois, sem dinheiro para mandar fazer novas vestimentas, eles usaram os uniformes irlandeses apenas com o logotipo da Alemanha sobreposto ao da Irlanda. Além dessa história, muitos dizem que o verde deriva das cores do logotipo da federação alemã de futebol – verde e branco.
A seleção alemã só inovou em seu uniforme a partir do final dos anos 80 e na década de 90, quando a camisa branca ganhou detalhes com as cores da bandeira alemã (vermelha, amarela e preta). Já o manto verde ganhou diferentes e exóticos losangos na disputa da Copa do Mundo de 1990 e as cores da bandeira alemã nos anos de 1992 e 1994.
Nos anos 2000, a equipe passou a utilizar outras combinações como cinza, vermelho e a famosíssima camisa preta da Copa do Mundo de 2010, tida como uma das mais belas já produzidas para uma seleção na história.
Em 2012, os alemães voltaram ao passado e retomaram o verde para a camisa reserva. Já o kit titular segue intacto e clássico como manda o manual de um país que sonha com o tetracampeonato mundial na Copa de 2014.
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Gostou da história da camisa da seleção alemã? Este texto foi escrito por Guilherme Diniz do blog Imortais do Futebol. Gostou ou gostaria de ver a história de algum clube em específico? Deixe sua opinião no comentário. E curta a fan page do Imortais: