Podemos dizer que o futebol holandês surgiu quando Johan Cruyff começou a destilar toda a sua classe em meados dos anos 60, depois disso, nem o futebol mundial foi mais o mesmo.
Genial, ele transformou a camisa 14, geralmente renegada a algum reserva, em uma das mais importantes da história do futebol.
Mega-campeão pelo Ajax, e com grande destaque no Barcelona, Cruyff foi conhecido como “craque total” e foi o símbolo do “futebol total”, estilo de jogo que transformou a Holanda em uma das mais respeitadas seleções do mundo, sem ao menos ter conseguido um título mundial sequer. A passagem de Cruyff pelo “Carrossel Holandês”, aliás é uma das mais bonitas, decepcionantes e polêmicas histórias da bola.
Bonita pelo futebol jogado, o “futebol total” do técnico Rinus Michels revolucionou os esquemas táticos e foi uma das mais ousadas estratégias adotadas por uma equipe até hoje. Tabelinhas, articulações de jogadas impressionantes e jogadores que atuavam em todas as posições da linha, fazendo estragos nas defesas adversárias, tudo isso comandados pelo fenomenal camisa 14.
Decepcionante, pois assim como a Hungria em 1954, a Holanda era franca favorita ao título em 1974, única Copa do Mundo disputada pelo gênio, que acabou com um gosto amargo para a Laranja Mecânica, com uma derrota na final também para a poderosa seleção alemã, que jogava em casa e conseguiu acabar com a festa holandesa com um 2-1 na partida decisiva.
Mas lembra que eu disse que também era polêmica, pois é, essa é uma história que tem tudo a ver com o Mantos do Futebol.
Patrocínio da PUMA e polêmica com a Adidas
Foi na mesma Copa do Mundo, em 1974, que Cruyff protagonizou uma das primeiras polêmicas envolvendo materiais esportivos. Na época, a Holanda tinha seu uniforme assinado pela Adidas, e o camisa 14 recebia um belo contrato de patrocínio da PUMA. Foi aí que uma das mais conhecidas polêmicas entre fornecedoras começou.
Johan se negou a fazer propaganda de graça para a principal rival comercial de sua patrocinadora, e a solução encontrada pelo jogador foi simplesmente arrancar uma das listras nos ombros de sua camisa, personalizando e eternizando a belíssima camisa 14 holandesa da Adidas com apenas duas listras nos ombros, maneira como ela é retratada até hoje em modelos retrô que exaltam uma das maiores seleções e um dos maiores jogadores da história do futebol.
Adeus
No dia 24 de março de 2016, aos 68 anos, um câncer de pulmão derrotou o arquiteto da bola, que também foi um excelente técnico e dirigente.
Mas para os amantes do futebol, Cruyff nunca morrerá. Seu estilo de jogo, sua personalidade e sua genialidade viverão para sempre nas memórias daqueles que apreciam o esporte mais emocionante do mundo.
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