A Adidas lançou camisas para suas seleções para a Copa do Mundo, com inspiração em modelos utilizados no passado. Entre elas, está o modelo lançado para a Colômbia, que irá para sua segunda Copa do Mundo seguida, a sexta em sua história.
O manto para 2018 é inspirado naquele utilizado pelos “Cafeteros” na Copa do Mundo de 1990, uma camisa bem marcante na história da seleção que iremos recordar agora!
Colômbia na Copa do Mundo de 1990
A Colômbia chegou à Copa do Mundo de 1990 após um hiato de 28 anos sem disputar a principal competição do futebol. Naquele ano, a seleção era considerada uma das forças da América do Sul, já que trazia em seu elenco jogadores que formavam a base do time do Atlético Nacional, campeão da Libertadores da América no ano anterior, além de jogadores que se destacaram bem nas eliminatórias, como Carlos Valderrama, Freddy Rincón e Leonel Álvarez.
Em 1990, a Copa do Mundo era composta por 24 seleções, divididas em seis grupos de quatro equipes. Se classificavam as duas melhores de cada um e mais quatro melhores terceiras. Os colombianos caíram no Grupo D, com a Alemanha, até então vice-campeã nas duas últimas edições, Iugoslávia e Emirados Árabes Unidos, um grupo difícil.
A primeira partida, contra os árabes, era tida como a mais tranquila e com a obrigação de vitória. Ela veio com gols de Redín e Valderrama e um placar final de 2×0.
A segunda partida, contra a Iugoslávia, que havia perdido da Alemanha na estreia, serviria para garantir os colombianos nas oitavas de final, porém, com um gol de Jozic, a Colômbia acabou derrotada por 1xo.
O jogo contra a Alemanha acabou se tornando de vida ou morte, pois, caso fosse derrotada, a Seleção Colombiana estaria praticamente eliminada da competição. Mesmo jogando contra os futuros campeões, a Colômbia mostrou um bom futebol e conseguiu um empate, sofrido, na raça, no último lance, com gol de Rincón, um minuto após Littbarski abrir o placar.
A Colômbia então se classificou para as oitavas como uma das melhores terceiras colocadas para encarar Camarões, que havia se classificado em primeiro no Grupo A, batendo Argentina, atual campeã, Romênia e a União Soviética, campeã olímpica.
O jogo foi muito disputado e terminou 0x0, tendo na prorrogação as principais emoções. No primeiro minuto do segundo tempo extra, Roger Milla recebeu a bola na entrada da aérea, passou o zagueiro colombiano e bateu para abrir o placar. Dois minutos depois, René Higuita perdeu a bola para o mesmo Milla na intermediária e o camaronês tocou para o gol vazio, eternizando sua comemoração na bandeirinha de escanteio. A Colômbia ainda tentou reagir e conseguiu marcar com Redín aos 10 do segundo tempo, após bela jogada com Valderrama, mas acabava ali a Copa para os cafeteros.
A camisa da Colômbia 1990
Curiosamente, o modelo no qual foi inspirada a camisa da Colômbia para a Copa de 2018 era o reserva em 1990. Naquela época, a seleção atuava com camisas vermelhas como modelo titular, cor que dizem, tinha relação com Pablo Escobar.
O modelo reserva, amarelo, trazia três largas listras que ligavam as mangas e as axilas, nas cores vermelha e azul. As três listras da marca eram dispostas nos ombros, na cor vermelha, enquanto a gola era amarela.
A Adidas estampava uma versão vermelha de sua logomarca no lado direito do peito, enquanto o escudo da Federação Colombiana era colocado no lado esquerdo, em sua versão padrão na época.
Completavam o uniforme, calção azul e meiões amarelos.
A camisa da Colômbia 2018
O modelo para 2018 é visualmente inspirado no modelo de 1990, com poucas mudanças aparentes. O amarelo predominante tem um tom mais claro do que o de 27 anos atrás e as três listras largas saem das mangas, aparecendo somente nas laterais do corpo, tendo agora um detalhe extra que são algumas linhas verticais.
Outra mudança é na cor as três listras da marca, que continuam nos ombros, mas agora em azul marinho. A gola permanece amarela, mas possui contorno na cor azul marinho.
A Adidas estampa novamente sua logomarca no lado direito do peito, mas agora em azul, enquanto o escudo da Federação Colombiana é novamente colocado no lado esquerdo, em sua versão padrão.
Completam o uniforme, calção azul e meiões vermelhos.
O novo uniforme causou polêmica nesta semana, não pelo design, mas sim pela campanha de lançamento. Relembre clicando aqui.
O craque: Carlos Valderrama
Camisa 10 e capitão da seleção na Copa do Mundo de 1990, Carlos Valderrama atuava no Montpellier da França na época, depois de ótima passagem pelo Deportivo Cali. Após a Copa, acabou parando no Real Valladolid da Espanha, e voltou em seguida para a Colômbia, antes de ir para os Estados Unidos se tornar ídolo na Major League Soccer.
A passagem de Valderrama pelos “States” é um capítulo a parte na história do jogador, já que enquanto atuou por lá, passando por Tampa Bay Mutiny, Miami Fusion e Colorado Rapids, foi considerado um dos pioneiros entre as grandes estrelas a atuar na liga. Valderrama foi eleito MVP do all-star game por duas vezes, sendo o jogador que mais venceu, e também foi eleito MVP da liga em algumas temporadas. Em 2005 foi eleito para a seleção de todos os tempos da MLS.
Valderrama é o recordista de participações com a camisa da Seleção Colombiana, com 111 partidas disputadas, junto de James Rodriguez, que irá ultrapassá-lo. Foi capitão da Seleção da Colômbia nas copas de 1990, 1994 e 1998, e ajudou o selecionado a alcançar por três vezes o 3º lugar na Copa América, em 1987, 1993, e 1995, além de ter sido eleito o melhor jogador da Copa América, em 1987.
O ex-jogador é considerado o melhor futebolista colombiano de todos os tempos e também do Atlético Nacional, e recentemente foi eleito para o FIFA 100, lista dos 125 maiores jogadores dos 100 anos de entidade.
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Se lembrava da campanha da Colômbia em 1990? Acha que vale a inspiração para a Copa de 2018?