A Adidas lançou camisas para suas seleções para a Copa do Mundo, com inspiração em modelos utilizados no passado. Entre elas, está o modelo lançado para a Espanha, campeã em 2010 e que irá disputar sua 15ª Copa em 2018.
O manto para 2018 é inspirado naquele utilizado pela Fúria na Copa do Mundo de 1994, uma camisa bem marcante na história da seleção que iremos recordar agora!
Espanha na Copa do Mundo 1994
O manto espanhol de 1994 ficou marcado como um dos mais exóticos da história das copas, trazendo o tradicional vermelho acompanhado de três fileiras de losangos nas cores amarela e azul. A Adidas naquela Copa, inclusive, chamou a atenção por seus uniformes, considerados muito marcantes até hoje.
Naquela época, apesar de ter uma boa equipe, a Fúria ainda era uma seleção emergente quando se tratava de Copas do Mundo. Na Europa, havia conquistado apenas a Eurocopa de 1964 no profissional até então.
A Copa do Mundo de 1994 reuniu 24 equipes, divididas em seis grupos de quatro seleções. Se classificavam para as oitavas de final as duas primeiras equipes de cada grupo e as quatro melhores terceiras colocadas no geral.
A Espanha caiu no Grupo C, com Alemanha, então campeã do mundo, Coreia do Sul e Bolívia, um grupo considerado fácil para se classificar. No primeiro jogo, contra os sul-coreanos, porém, o resultado não foi dos melhores: 2×2, com gols de Salinas e Goikoetxea. O jogo estava 2×0 para a Fúria, mas nos últimos nove minutos a Coreia do Sul conseguiu o empate.
A segunda partida seria contra os alemães. Mais uma vez a Espanha abriu o placar, de novo com Goikoetxea, mas novamente cedeu o empate, com gol de Klinsmann.
A Fúria então enfrentaria a Bolívia, necessitando da vitória para se classificar, e ela veio. Com gols de Guardiola e Caminero (2), a Espanha bateu os bolivianos por 3×1 e se classificou em segundo lugar.
Nas oitavas de final, a Espanha teria pela frente a Seleção da Suíça, segunda colocada do Grupo A. Foi com certeza o melhor jogo da seleção na Copa, no qual a Fúria simplesmente amassou a Suíça com um sonoro 3×0, gols de Hierro, Luis Enrique e Txiki Begiristain.
Com o resultado, a seleção chegou confiante para o embate mais difícil daquela Copa até então, contra a Itália, de Roberto Baggio, melhor jogador do mundo em 1993. O jogo foi uma verdadeira guerra, mas no final, a Azzurra acabou levando a melhor, graças a seu craque, que marcou o gol da vitória aos 88 minutos. Antes, Dino Baggio havia aberto o placar aos 25 e Caminero empatado aos 58.
A camisa da Espanha 1994
O manto da Espanha trazia um design padrão, criado pela Adidas para aquela Copa. Ele foi lançado para a competição e foi utilizado até a Eurocopa de 1996, quando a marca alemã lançou um modelo novo.
Ela tinha a cor vermelha como predominante e trazia três fileiras de losangos nas cores amarela e azul como destaque no lado direito. A gola tem formato pólo e é azul royal, com listras nas cores amarela e vermelha.
A Adidas estampa seu nome em amarelo no centro do peito, enquanto o escudo da Real Federação Espanhola de Futebol é colocado no lado esquerdo.
A camisa da Espanha 2018
O manto para a Copa de 2018 traz uma notável inspiração no modelo utilizado em 1994, mas com algumas diferenças. A cor predominante continua sendo o vermelho, enquanto os losangos na lateral direita sofreram alterações.
A primeira fileira de losangos continua amarela, porém a outra, agora é vermelha, enquanto a azul permanece nessa cor, todas elas com linhas verticais vermelhas. As fileiras de losangos neste modelo são todos unidos, diferentemente das de 1994 que eram separadas.
A gola agora é V e é vermelha, não mais azul. As três listras da marca são dispostas nos ombros, na cor amarela.
A Adidas estampa uma versão amarela de sua logomarca no centro do peito, assim como em 94, e o escudo da RFEF é colocado no lado esquerdo, em amarelo em vermelho.
A nova camisa se tornou alvo de polêmica na Espanha nesta semana, pois supostamente traz a cor roxa, símbolo de oposição ao atual regime monárquico espanhol.
O craque: Pep Guardiola
Na seleção de 1994 estava o que se tornou um dos maiores nomes do futebol atual: Josep Guardiola, ou Pep, para os mais íntimos. O criador do “Tiki-Taka”, que revolucionou o futebol nos últimos anos, já mostrava sua percepção e genialidade tática na época de jogador e por anos comandou o meio de campo do Barcelona e da Seleção Espanhola.
Foram 16 anos de carreira profissional e apenas 26 gols, mas o que Guardiola deixou de legado no futebol é muito maior do que sua história com as traves. Durante a carreira, Pep atuou por Barcelona B, Barcelona, Brescia, Roma, Al-Ahli do Catar e Dorados do México.
Pela Seleção Espanhola profissional, foram 47 partidas e 5 gols marcados, tendo conquistado o ouro nas Olimpíadas de 92, em Barcelona.
Foi eleito jogador espanhol do ano de 1992.
Se tornou treinador após se aposentar dos gramados, e a história, todos nós conhecemos, né?
Você se lembrava da campanha da Espanha em 1994? Acha que vale a inspiração para a Copa de 2018?