Na segunda-feira (8), o Vasco da Gama anunciou que a Diadora será a sua fornecedora na temporada 2018, mas na nota oficial do clube, não foram revelados valores e tempo de contrato.
No entanto, o Globoesporte.com teve acesso ao contrato assinado por Eurico Miranda e esmiuçou alguns detalhes. O acordo tem validade de três anos e terá multa rescisória decrescente a partir do segundo ano.
Já o modelo de negócio é diferente do que era feito com a Umbro. Enquanto a marca inglesa pagava um valor fixo e repassava cerca de 11% em royalties para o clube, com a Diadora o valor será maior, variando de 20% a 24%, dependendo das vendas, ou seja, quanto mais vender camisas e produtos oficiais, mais o Vasco vai receber, por isso é esperado que o clube lance um número maior de camisas em 2018.
Na opinião do Mantos do Futebol, o modelo em que as fornecedoras oferecem milhões em um contrato está cada vez mais difícil, tanto pelo momento econômico ruim do Brasil, quanto pelo avanço da pirataria, que vem oferecendo cada vez mais no mercado produtos muito parecidos aos originais e com preço muito mais atrativos, o que tem feito com que as marcas não tenham o retorno esperado com as vendas.
Este modelo de contrato assinado pelo Vasco, e que em partes é parecido com o que o Santos teve com a Kappa, está sendo uma saída para os clubes conseguirem faturar mais dinheiro, mas é necessário ter um cuidado maior de ambas as partes, principalmente do clube.
Um cuidado essencial é em relação às peças que serão lançadas pela fornecedora. Já que o clube necessita da venda para faturar, é imprescindível que a qualidade do material oferecido seja condizente com que os torcedores esperam. Além disso, o clube precisa estar como nunca, atento ao que os torcedores desejam. Fazer concursos ou pedir que os torcedores participem da escolha dos novos uniformes é uma boa alternativa.
Elaborar boas ações de marketing divulgando os novos materiais é fundamental. É preciso criar desejo nos torcedores exaltando a história vencedora do clube e mostrando como a torcida é importante no processo, já que adquirindo as novas camisas podem ajudar o clube a ser mais forte. Oferecer linhas femininas, infantis e mais populares para alcançar uma camada de torcedores que não tem condições de adquirir as camisas oficiais de jogo, é obrigatório.
E por último e não menos importante, é necessário que a distribuição dos materiais seja muito bem feita. Clubes com grandes torcidas, como o Vasco, tem que ficar mais atentos para que não faltem produtos oficiais onde tiver alguém querendo adquiri-los. Ademais, é necessário criar novas maneiras de atingir o consumidor final, para que dessa forma a venda dos uniformes seja realmente um ativo importante no faturamento do clube.
O que você achou da parceria entre Vasco da Gama e Diadora, acha que vai dar certo?