Nos últimos anos, diversas equipes resolveram romper com o modelo tradicional de fornecimento de material esportivo e fazer por conta própria a confecção de seus uniformes.
Recentemente, o Bahia foi a primeira equipe da elite do futebol a anunciar que também seguiria por essa linha, e agora outro importante clube do futebol nacional também comunicou que terá uma marca própria, o Coritiba.
Em informativo para os sócios, divulgado no dia 1º de junho, o presidente Samir Namur anunciou e explicou para os sócios coxa-branca, os motivos do clube fazer esta movimentação.
Segundo o mandatário, a marca própria proporcionará ao clube um lucro de 1 milhão de reais já no primeiro ano, e atenderá plenamente os desejos dos torcedores, que devem inclusive participar da criação dos novos uniformes. A parceira deve ser a Bomache, mesma marca que produz os fardamentos do Paysandu, Santa Cruz, Fortaleza, CSA e Sampaio Correa, e também será responsável por criar os uniformes de jogo do Bahia.
Confira abaixo o informativo na íntegra:
Caro sócio coxa-branca,
Há quanto tempo a loja oficial do Coritiba não vende uma camisa de mangas longas? Há quanto tempo não temos, nas costas, as listras horizontais de que tanto gostamos? Isso sem considerar a dificuldade para encontrar material feminino e para crianças! São três as principais demandas do Clube e torcida quando o assunto é material esportivo: qualidade, retorno financeiro e ouvir o torcedor.
A qualidade do material muitas vezes é confundida com a chancela de uma marca renomada no mercado mundial, ainda que todas elas trabalhem mediante contratos de licença e terceirização da produção para fabricantes brasileiros. Por isso, é comum que a mesma fábrica tenha licenças de marcas diferentes sendo confeccionadas na mesma linha de produção. Desse modo, mais fundamental que a escolha da marca é o teste de qualidade do tecido e a decisão sobre os diversos aspectos que envolvem costura, símbolo, patrocínio, gola, punhos, etc.
Nos últimos seis anos e meio, o Coritiba foi “vestido” pelas duas principais marcas de material esportivo do planeta. Em que pese o grande poderio financeiro dessas marcas, nenhuma delas trouxe grande retorno financeiro. Desde 2012, o resultado da operação de material esportivo vem caindo; de R$ 523.785 de lucro, em 2012, para R$ 237.500, em 2016, e um resultado negativo em 2017, com prejuízo pela necessidade de gasto com aquisição do enxoval. Nesses anos todos, é possível afirmar que praticamente nada do dinheiro do torcedor que adquiria material esportivo oficial estava indo para os cofres do Clube. Mudar esse cenário é importante!
Quantas vezes o torcedor do Coritiba desenhou e postou seus uniformes nas redes sociais, sonhando com o dia em que o Clube atendesse as suas preferências? Isso também é função do fornecedor de material esportivo, pois além de permitir performance aos atletas, o objetivo principal é atender o consumidor. Deve-se, portanto, escolher uma marca que o torcedor do Coritiba também entenda como sua.
Por todos esses motivos e depois de meses de estudos aprofundados sobre as diferentes formas de operar o negócio, bem como as tendências do mercado, e com a participação de profissionais de diversas áreas de especialização, é que a atual diretoria decidiu por opção radicalmente diferente quanto ao fornecimento de material esportivo. Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal do Club já estão cientes das principais informações sobre a nova operação.
Com anúncio oficial em algumas semanas e objetivando melhoria na qualidade, aumento do retorno financeiro (com meta de um milhão de reais de lucro já no primeiro ano) e, principalmente, atendimento pleno dos desejos do nosso torcedor, o Coritiba terá sua própria marca de material esportivo. Em breve, sócios e torcedores terão muitas novidades!
Saudações alviverdes,
Samir Namur – Presidente Coritiba Foot Ball Club
O que achou do Coritiba optar por uma marca própria de uniformes?