Nesta terça-feira (12), perdemos um dos maiores nomes da história do futebol: Gordon Banks, goleiro inglês, que se foi aos 81 anos. Campeão do mundo em 1966, Banks é considerado um dos maiores goleiros de todos os tempos, foi ídolo no Leicester City e também no Stoke, além de ter feito a considerada “maior defesa de todos os tempos” em uma cabeçada de Pelé na Copa de 70.
Para homenagear este e outros mitos guardiões da meta, trazemos aqui a história do principal instrumento utilizado na posição: as luvas. De onde surgiu? Quem foi o primeiro goleiro a utilizar? Do que era feita? Agora, no MDF Repórter.
Origem das luvas de goleiro
Datam os registros históricos que as primeiras luvas surgiram ainda na década de 20, com o objetivo de proteger as mãos dos goleiros, que saíam castigadas após as defesas feitas numa partida. O primeiro a pensar nisso teria sido o alemão Heinrich Stuhlfauth, então no FC Nuremberg, que utilizava uma luva de lã áspera, o que também facilitava o domínio na bola quando molhada.
Outro, talvez mais conhecido, foi o espanhol Ricardo Zamora, que na mesma época passou a utilizar o instrumento, também de lã, mas, dizem que apenas por vaidade e questões de etiqueta do homem.
Eles teriam inspirado outros dois nomes bem conhecidos pelas luvas, nos anos 40: O inglês Chalrton’s Sam Bartam e o argentino Amadeo Carizzo, famoso pelos grandes lançamentos com a mão, diziam que as luvas absorviam o calor.
Enquanto isso, no Brasil, o então goleiro do Vasco da Gama, Jaguaré Bezerra de Vasconcelos, lá para os anos 30, após voltar de Barcelona, passou a jogar de gorro e luvas.
Ainda em 1934, um homem chamado Karl Reusch fundou a empresa que leva seu sobrenome e passou a se especializar na criação do instrumento. Porém, apenas nos anos 60 que elas começaram a ser utilizadas rotineiramente pelos goleiros.
Consolidação
Após a década de 40, as luvas já eram utilizadas por grande parte dos goleiros no mundo, já possuía um mercado, com criação da Reusch, mas ainda não era unanimidade entre os arqueiros.
Antes da consolidação, nas Olimpíadas de 1956, o “Aranha Negra” Lev Yashin também começou a utilizar o instrumento, primeiramente composto de lã e depois de couro.
Em 1966, Wolfgang Fahrian, do 1860 Munique, foi o primeiro a testar pedaços de raquetes de tênis de mesa nas palmas de suas luvas, vendo como era a aderência do material.
Dois anos depois surgiu a Uhlsport, uma nova marca especializada, que foi fundada como concorrente da Reusch. No entanto, ambas ainda enfrentaram resistência dos goleiros.
Um grande marco após isso foi a final da Copa do Mundo de 1970, quando o brasileiro Félix, após atuar nas cinco primeiras partidas com “mãos nuas”, decidiu jogar a final com luvas, na época com palmas de borracha, seguindo os estudos de Fahrian anos antes.
A consolidação veio somente em 1974, com Sepp Maier. O goleiro alemão, campeão do mundo naquele ano, jogou durante toda a Copa com luvas da Reusch, feitas de couro e látex, o que caiu nas graças do público e explodiu de vez.
A partir daí, o mercado passou a se especializar ainda mais e busca sempre trazer inovações para melhorar o desempenho dos goleiros. Adidas e Nike, hoje em dia, disputam, ano após ano, quem traz as melhores tendências, o que só ajuda os goleiros pelo mundo afora.
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