Recentemente surgiram fotos nas redes sociais de um bandeirão produzido pela torcida do Sporting Club, de Portugal, que traz o nome de Rogério Ceni, junto de sua famosa camisa 01.
Junto dele, vários outros grandes jogadores também foram lembrados, como Di Natale, Giggs, Totti, Puyol, Baresi, Gerrard, Zanetti, entre outros, com o angolano Rui Jordão em destaque.
Mas o que representa esse bandeirão afinal? Ele, na verdade, é um protesto contra jogadores mercenários, além de fazer homenagem ao jogador africano, que vestiu por uma década a camisa alviverde e faleceu há poucos dias. Para isso, a “Torcida Verde” decidiu criar a faixa com 13 jogadores que marcaram época em uma equipe e não abandonaram o barco por dinheiro.
Luís Carlos Repolho, um dos idealizadores da bandeira, em entrevista ao UOL Esporte, explicou de onde surgiu a referência ao ex-goleiro do São Paulo e da Seleção Brasileira. “Ele representa o antigo amor à camisa que, infelizmente, não existe mais. Foi uma tentativa de resgatar antigos valores que nos tiraram do futebol, dos nossos clubes. Não temos mais ídolos. Os jogadores são todos mercenários, se vendem por meia dúzia de moedas. Um jogador como Ceni, que passou a vida inteira no São Paulo, é um exemplo para todos. Assistíamos a jogos dele aqui em Portugal, os gols de falta… Temos amigos são-paulinos aqui e quando nos encontramos só falamos sobre Ceni”.
Alessandro Lucarelli, um dos grandes ídolos do Parma, que na falência do clube decidiu atuar na quarta divisão italiana para ajudá-lo a voltar à Serie A, também foi citado e agradeceu a torcida nas redes sociais, o que rendeu um comentário especial de Repolho. “Queremos jogadores que dediquem uma vida aos clubes. Lucarelli foi com o Parma até as últimas divisões. Quase dez anos lá! Ninguém faria isso. Ou você imagina Neymar fazendo isso? Cristiano Ronaldo ficaria se a Juventus caísse? Lucarelli abdicou de tudo pelo Parma. Só os homens fazem isso. Como Di Natale ao recusar propostas de gigantes todo ano para seguir na Udinese, onde nasceu”, conta o torcedor.
“Futebol hoje é negócio e nós torcedores acabamos transformados em consumidores. Não respeito Neymar, não respeito Cristiano Ronaldo. São excelentes jogadores, mas não são ídolos, vivem apenas por eles. O que eu respeito é alguém como Ceni. Admiro até rivais, como Jorge Costa, que passou a vida no Porto. São jogadores que podem trazer identificação aos torcedores. Hoje em dia, pela forma como conduzem o futebol, isso acabou”, conclui.
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