A paixão por futebol – e pelos mantos – muitas vezes começa “em casa”, com simpatia pelo time local. Costuma ser assim em qualquer das regiões do país. Nisso sempre vemos histórias de torcedores das regiões Sul e Sudeste. Mas e quando o colecionador em questão é nordestino? Esse é o caso do Colecionador MDF da vez, o Henrique Teixeira Filho, de São Luís-MA.
Torcedor apaixonado do Sampaio Corrêa, Henrique tem na maior parte da sua coleção, as camisas da “Bolívia Querida”. Confira a entrevista!
Quantas camisas você tem hoje na sua coleção? Há algum foco específico nelas?
Hoje tenho cerca de 35 camisas. Com relação ao foco, há uns anos era de camisas do Sampaio Corrêa, meu time de coração, porém hoje meu foco é: oportunidade e bons preços! (risos)
O gosto pelos mantos começou junto com o gosto pelo futebol ou veio depois?
Sempre gostei de futebol. Meu pai sempre incentivou muito o gosto sobre nosso esporte bretão, e desde pequeno ele comprava camisas de clubes pra mim. Cresci já fascinado pelos uniformes, vivi a infância na época de designs icônicos de uniformes, passava tardes desenhando as camisas que achava mais bonitas. Quando cresci, passei a trabalhar e comecei a comprar as camisas que sempre queria quando era criança.
Qual seu time do coração? Torce pra mais de um? Tem simpatia por alguma seleção também?
Torço pro Sampaio Corrêa –MA. Como sou maranhense, torço pro time da minha cidade, e que cresci acompanhando no estádio e vivendo seus momentos difíceis e suas glórias. Simpatizo e gosto muito do Milan, desde pequeno admiro os grandes esquadrões dos anos 80 e 90 da equipe rossonera, além de ser fã da seleção holandesa.
Como começou sua relação com o colecionismo de camisas? Recorda-se qual foi a primeira camisa da coleção? Foi comprada ou ganhada?
Como falei anteriormente, desde pequeno ganhava camisas do meu pai, e isso foi incitando o meu gosto pelos mantos. Assim que comecei a trabalhar, comecei a comprar várias camisas que desejava por suas histórias e por serem marcantes pra mim. Minha primeira camisa que ganhei na vida foi do Corinthians, em 1995, época do patrocínio Suvinil. A primeira camisa da época em que decidi realmente colecionar foi uma camisa do Manchester United de 2007, número 7 do Cristiano Ronaldo.
Qual camisa você tem como o “santo graal”, como a mais rara e/ou especial da sua coleção? Ela tem alguma história específica?
Meu xodó é a camisa “eletrocardiograma” de 1992 feita pela clássica CCS para o Sampaio Corrêa. Além dela ser bem difícil de encontrar, a história para adquirir ela foi de muita busca. Já havia tentado achar por aqui em São Luís, mas não encontrava. Passei vários anos buscando na internet, e quando encontrei, estava por um valor fora do normal. Mas não desisti e segui lutando atrás dela. Até que em 2014, em um grupo de colecionadores no Facebook (eu entrei em vários grupos e todos os dias postava minha caçada por essa camisa), um membro viu minha luta e me mandou mensagem inbox, dizendo que tinha a camisa, tinha se sensibilizado com a busca e que iria me vender por um preço simbólico. Quase morri de alegria. Quando a camisa chegou, nem acreditei (risos)! Essas histórias que vivemos no colecionismo são fantásticas!
Outra história envolveu uma camisa da seleção Brasileira de 1993, da Umbro. Achei à venda em um grupo do Facebook. Fiquei doido na hora, principalmente porque estava num preço bem camarada, mas eu, à época, estava zerado de grana. Felizmente um amigo, também colecionador, me emprestou o valor e disse “depois a gente se acerta”. Consegui o manto, que está hoje na coleção, e de fato me acertei com ele depois, o reembolsando (risos).
Há algum manto que você ainda não tenha e esteja na procura para a sua coleção? Qual seria?
Tem vários, mas um que queria muito ter em minha coleção é a camisa da Holanda da copa de 1994. Ela é linda!
No tempo que você está dentro do colecionismo, já teve alguma história curiosa para contar? Se sim, conta aí para a gente.
Já vivi algumas situações engraçadas…certa vez vi uma camisa antiga do botafogo com um senhor andando de bicicleta perto da casa de minha mãe. O parei e pedi pra ele me vender… mas não teve acordo, ele não aceitou nenhuma proposta e acabei ficando sem ela (risos)… Outra vez foi o inverso: estava no estádio Castelão em São Luis, vendo um jogo do Sampaio, e estava com minha camisa de 1992. Um rapaz tentou com todas as ofertas possíveis comprar ela de mim, mas depois de tanta luta pra conseguir, óbvio que não vendi (risos).
A Colecionador MDF é uma sessão feita em colaboração com o jornalista Pedro Ivo Faro. Caso tenha interesse em participar desta sessão, entre em contato conosco através do e-mail: [email protected].
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