O futebol italiano anunciou que a camisa número 88 foi banida das competições profissionais. A ação foi tomada pela Federação Italiana de Futebol, a FIGC, em conjunto com o Ministério do Interior da Itália e tem como objetivo, tentar conter o crescimento de onda antissemita no país.
A numeração é polêmica pois é usada por movimentos neonazistas para designar a saudação “Heil Hitler”, já que a letra “H” é a oitava letra do alfabeto.
O acordo faz parte de um conjunto de ações que serão tomadas em caso de manifestações antissemitas nos estádios, que envolvem inclusive, a paralisação da partida. Além disso, os clubes terão que adicionar em seu código de ética, a definição de antissemitismo feita pela Aliança Internacional de Memória ao Holocausto.
A atitude tem o intuito de tentar frear o aumento de ataques antissemitas nos estádios do país, bem como o insulto a jogadores negros e o uso da palavra “judeu” como um xingamento. Até a exibição de símbolos facistas e nazistas também tem ocorrido.
Em março deste ano, um torcedor da Lazio foi ao estádio com a camisa preta do clube, personalizada com o número 88 e o nome “Hitlerson”. O caso chocou a imprensa italiana que desde então tem cobrado ações da Federação e do Governo.
Três jogadores terão que encontrar uma nova numeração, já que usavam o número 88: Toma Basic, da Lazio, Ario Pasalic, da Atalanta, ambos crotas, e o polones Mateusz Praszelik, que pertence ao Hellas Verona, mas defendeu o Cosenza, na última temporada.
Gianluigi Buffon já se envolveu em polêmica por conta do número 88
Durante sua primeira passagem pela Parma, Buffon foi acusado pela comunidade judaica de Roma de fazer apologia nazi-fascista ao escolher a camisa número 88 para usar na temporada 2000/01, após ter usado anteriormente o número 1.
Na ocasião, o goleiro se desculpou, dizendo que não fazia ideia da analogia da numeração com o significado, e afirmou que para ele, o número significava um renascimento, já que havia se recuperado de uma séria lesão, e pediu para trocar para o número 77.
O problema é que a desculpa dada pelo jogador não convenceu muita gente, já qeu anteriormente, o jogador já havia sido visto com uma camiseta que trazia a frase “boia chi molla”, considerado um lema do fascismo, e na ocasião, o mesmo também afirmou não conhecer a ligação da frase com o regime.
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