Aproveitando o Dia da Consciência Negra, que foi celebrado nesta segunda-feira (20), o Fluminense lançou uma camisa em homenagem a Chico Guanabara, seu “primeiro torcedor”.
A peça foi idealizada por Leandro Carvalho e desenhada por Marcelo Ment, e lançada em parceria com a Liga Retrô, já o lançamento, contou com ensaio que teve a participação da cantora Marvilla.
“É um privilégio para o Fluminense ter tanto material do começo do século XX, no pós-abolição recente, narrando a existência desse místico personagem. Chico foi o cara que modificou o modo de torcer da época. Ele era um exímio capoeirista e portador de uma impactante voz adquirida nas rodas com a sua malta. A sua forma de torcer destoava do tradicional estilo da elite que frequentava os estádios e torcia os lenços nos momentos de emoção. Essa vibração foi forjada na variação corporal de defesa e ataque oriundo do continente africano e aperfeiçoada no Brasil, modificando progressivamente as arquibancadas do país. Se o futebol veio da Inglaterra, as arquibancadas vieram de África”, explica o historiador Leandro Carvalho, um dos diretores da série ‘Herdeiros de Chico Guanabara’, produção original da FluTV disponível no canal do clube no YouTube.
Fotos: Marina Garcia/FFC
Camisa Chico Guanabara 2023 (Special kit)
A camiseta é branca e traz o escudo centralizado, e no seu entorno são colocados raios, em cinza.
Também cinza é o desenho visto na região inferior do manto, tanto na frente, quanto na parte de traz, tendo algumas pequenas diferenças, sendo que na parte frontal onome “Chico Guanabara” é aplicada, enquanto no verso, um estádio.
Além disso, nos punhos são vistos em grená faixas que trazem um detalhe branco em zigue-zague.
A peça está à venda na Loja do Fluminense por R$ 269,90.
Quem foi Chico Guanabara?
Negro, capoeirista e considerado o primeiro torcedor da história do Fluminense e, segundo o clube, do futebol brasileiro. No início do Século XX, quando o futebol era um esporte frequentado pela elite do Rio de Janeiro, ele construiu o seu “modo de torcer” berrando a plenos pulmões durante os 90 minutos.
Mário Filho o descreveu como um “valentão de chapéu de aba cortada, do alto da cabeça, lenço no pescoço, navalha no cinto, tamanco saindo do pé”.
Em 2022 ganhou uma homenagem através da websérie “Herdeiros de Chico Guanabara” que foi produzida pela FluTV.
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