A Eurocopa 2020 terminou no último domingo (11), consagrando a Itália com seu segundo título, após vitória nas penalidades máximas contra a Seleção Inglesa, em pleno estádio de Wembley.
O jogo no tempo normal terminou em 1-1, mas foi logo no início do jogo que saiu o gol inglês, com Luke Shaw, aos 2 minutos. No entanto, a Azzurra não se entregou e foi buscar o empate com Bonucci, aos 22 da etapa complementar. Após dois tempos de prorrogação sem gols, o título teve que ser decidido nos pênaltis, e os italianos se deram melhor, numa vitória por 3-2, após cobrança para fora de Marcus Rashford e duas defesas de Gianluigi Donnarumma nos chutes de Jadon Sancho e Bukayo Saka.
O título italiano foi contra o prognóstico de muitas casas de apostas online, que no início da competição davam favoritismo para a Seleção da França, que era seguida de perto da Inglaterra e da Bélgica como os times que teriam as maiores chances de levantar o troféu.
Quem apostou na Itália, utilizando os diversos bónus oferecidos pela maioria dos operadores online, conseguiu odds bastante atrativas já que a equipe Azzurri aparecia somente após Portugal e Espanha, ou seja, não constava nem no top 5 dos times com maiores chances de vitória no torneio continental.
PUMA chega ao seu primeiro título europeu de seleções
Se a Itália conseguiu o seu bicampeonato europeu, já que já tinha sido a campeã em 1968, teve quem celebrou o seu primeiro título continental: a PUMA, fornecedora que veste os italianos desde 2003.
No entanto, na lista das fornecedoras campeãs da Eurocopa, existe um grande domínio de outra marca alemã, a Adidas, que ostenta oito conquistas em sua história.
Dentre as dezesseis edições do torneio, nos cinco primeiros não havia nenhuma marca exposta nos uniformes das seleções, sendo assim, União Soviética (1960), Espanha (1964), Itália (1968), Alemanha Ocidental (1972) e Tchecoslováquia (1976), vestiam camisas que não mostrava o logo de nenhuma fornecedora de material esportivo.
Foi somente a partir de 1980 que isso passou a acontecer e logo de maneira um pouco confusa, já que a Alemanha Ocidental, campeã neste ano, vestiu durante este torneio, camisas que traziam o logo da Erima, além de outro modelo, que traziam nos ombros as três listras da Adidas. Apesar de vestir uniformes de duas marcas diferentes, vale frisar que a Erima era uma marca que pertencia à Adidas nesta época, logo, o acordo era um só.
De 1984 para a frente, tudo se tornou mais claro e a marca alemã garantiu mais dois títulos em sequência, em 1984, com a França, e em 1988, com a Holanda.
Foi apenas em 1992 que uma marca quebrou a hegemonia, já que a Hummel era parceira da Dinamarca, seleção que surpreendeu a todos após conquistar o título entrando como convidada, já que por conflitos, que resultariam na independência da Croácia, a Iugoslávia perdeu a sua vaga.
De 1996 a 2012, a Adidas criou realmente a sua hegemonia na competição, conquistando cinco títulos em sequência, com a Alemanha em 1996, a França em 2000, Grécia em 2004 e Espanha em 2008 e depois em 2012.
A atual grande rival da Adidas, a Nike, chegou ao seu primeiro e único título, apenas em 2016, junto ao time de Portugal. E só agora, após mais de 50 anos de competição, que a PUMA, fornecedora criada na mesma família que a Adidas, conseguiu quebrar o jejum e levantar, junto aos italianos, o seu primeiro troféu.
Lista das seleções campeãs e suas fornecedoras:
– 1960 – União Soviética – sem fornecedora estampada
– 1964 – Espanha – sem fornecedora estampada
– 1968 – Itália – sem fornecedora estampada
– 1972 – Alemanha Ocidental – Sem fornecedora estampada
– 1976 – Tchecoslováquia – Sem fornecedora estampada
– 1980 – Alemanha Ocidental – Adidas/Erima
– 1984 – França – Adidas
– 1988 – Holanda – Adidas
– 1992 – Dinamarca – Hummel
– 1996 – Alemanha – Adidas
– 2000 – França – Adidas
– 2004 – Grécia – Adidas
– 2008 – Espanha – Adidas
– 2012 – Espanha – Adidas
– 2016 – Portugal – Nike
– 2020 – Itália – PUMA