Na sexta-feira (24), o Mantos do Futebol publicou uma matéria na qual repercutia o novo escudo do CRAC, e a acusação de Felipe Silva sobre plágio de seu projeto feito para o Avaí FC.
Durante o final de semana, Gabriel Vitor, designer responsável pela nova identidade do clube goiano, procurou a nossa equipe, revelando a sua insatisfação por não ter sido ouvido na matéria que repercutia a situação.
Nossa equipe entendeu prontamente que cometeu um erro grave ao não procurar Gabriel para que ele comentasse a matéria, por isso, estamos cedendo o mesmo espaço que foi dado à Felipe Silva, para que ele possa colocar a sua posição sobre o caso.
Abaixo, reproduzimos a nota divulgada por Gabriel Vitor na plataforma Medium, como retratação pela não oportunidade de que sua opinião fosse lida pelo nosso público anteriormente.
Falta de senso ou falta de respeito?
Quando iniciei este projeto do CRAC, não tomei como base nenhum outro, julgo como um pequeno erro meu, pois eu não havia visto que tinha um semelhante, tanto que, quando me avisaram da semelhança, eu vi e fiquei extremamente chateado, pois eu não colocaria em risco a minha credibilidade e a do clube.
Porém, esse papo de plágio não cola muito bem. Primeiro que, são escudos de formatos diferentes, não há estrela em cima do escudo, o CRAC é curvada nas letras e na ponta das listras. Sobre a cor inicial, eu mudei para melhor aplicação, abaixei a tonalidade do azul (o clube já usou essa tonalidade) para adaptar bem nas cores claras, porém voltei a cor original usada atualmente, pois foi apenas uma ideia para eles estudarem uma possível mudança. Já a cor debaixo do escudo, eu coloquei apenas para assegurar a cor de dentro para não ser necessário colocar um contorno braco em aplicações da mesma cor que o escudo. Os escudos atuais do AVAÍ e do CRAC por sí só já são ideias semelhantes.
Bom, sobre mockups que foram usados nos dois projetos, é simples: são de internet e de fácil download, como, por exemplo, a do Ônibus. É muito difícil achar um mockup como aquele, que esteja disponível. E pior, é só sair fiscalizando alguns projetos de futebol que você verá os mesmos mockups que usamos, em outros projetos. Ou vai me dizer que foi ele quem criou o mockup? Irônico.
Na nossa área de atuação é comum esse tipo de situação (semelhança), ainda mais no futebol, pois é extremamente difícil fazer um escudo (ou uniforme) que já não se pareça com outro. E pior, quem em sã consciência copiaria um projeto daquele e postaria na mesma plataforma?
Sobre essa papo de “processo” faço uma pergunta para o mesmo: O que será dos times que usam os mesmo formatos de escudos, mesmas cores ou até a mesma ideia? Julgo que, essa suposta pessoa, deveria pensar melhor antes de acusar alguém de plágio, pois se for tomar como base ele teria que virar fiscal na plataforma para assegurar que nenhuma ideia se pareça com as dele. Ou, se ele fiscalizar bem, vai ver que algum projeto dele se parecerá com outro. Pois, nossos projetos no Behance são inspiração para outros, se fosse segredo, não colocaríamos em público!
Do mais, fica aqui minhas desculpas aos torcedores que foram obrigados a ver tamanha falta de consideração por parte do criador do projeto do AVAÍ, pois o que aconteceu foi apenas uma coincidência e não plágio. Algumas pessoas do direito esportivo já me contactaram e disseram que tenho total disposição dos mesmo para resolver o problema, pois tal acusação é falsa, incorreta e irresponsável! Não será necessário isso, porém…
Obrigado.”