História da camisa do Cruzeiro – Ele nasceu inspirado na Itália e sob as cores da bandeira italiana. Mas foi brilho da constelação do Cruzeiro do Sul e uma forte cor azul que fizeram do Cruzeiro Esporte Clube um clube multi-vencedor, responsável por recordes históricos e um verdadeiro titã do futebol brasileiro e mundial. Fundado em 1921 por italianos, o clube mudou de nome e de cores nos anos 40 por causa da II Guerra Mundial para iniciar uma rica trajetória que já teve Copas Libertadores, Supercopas, Copas do Brasil, Campeonatos Brasileiros e uma até hoje inigualada Tríplice Coroa.
Quando alguns desportistas da colônia italiana de Belo Horizonte (MG) criaram a Societá Sportiva Palestra Itália, eles decidiram que as cores e a identidade do clube seriam em total alusão às cores da bandeira italiana. Com isso, o primeiro manto do Palestra foi verde, com frisos em vermelho na ponta das mangas e o logotipo no peito com o “PI” entrelaçado em um losango vermelho e verde com fundo branco, calção branco e meias verdes. Entre 1922 e 1927, a equipe adotou uma camisa num tom de verde mais claro e mudou algumas vezes seu logotipo até vestir uma camisa num de verde ainda mais claro entre 1928 e 1939. Nesse período, uma Ala Renovadora já tentava articular uma mudança no nome do clube pelo fato de ele já não ser uma associação exclusiva dos italianos. Entre 1940 e 1942, o Palestra utilizou seus últimos uniformes italianos e mudou radicalmente sua vestimenta ao adotar uma camisa verde com faixas horizontais em branco e vermelho escuro, cores que deram ao clube o apelido de tricolor.
Em 1942, a nacionalização do clube aconteceu graças ao Governo Brasileiro, que proibiu qualquer menção aos países inimigos durante a II Guerra Mundial, sendo a Itália uma dessas nações. Com isso, o time escolheu a cor azul com listras brancas na horizontal e o nome temporário de Ypiranga, em homenagem ao local onde foi proclamada a Independência do Brasil. Em outubro do mesmo ano, uma assembleia definiu que o clube passaria a se chamar Cruzeiro Esporte Clube, com camisa toda azul, golas e punhos brancos, calção branco e meias brancas, com a constelação do Cruzeiro do Sul, o maior símbolo da pátria brasileira, no peito.
Nos anos 50, a equipe lançou sua tradicional camisa branca, acompanhada de calção azul e meias brancas, para jogos noturnos, tática que beneficiaria a identificação dos jogadores nos acanhados – e pouco iluminados – estádios brasileiros da época. Em 1956, o clube inovou com uma camisa listrada na horizontal em azul e branco, utilizada poucas vezes, mas foi em 1959 que o Cruzeiro adotou a camisa totalmente azul apenas com as estrelas como escudo, padrão que inspirou fases douradas da equipe nos anos 60 e 70, com destaque para o esquadrão de Tostão, Dirceu Lopes e Piazza campeão da Taça Brasil de 1966, pentacampeão mineiro e considerado um dos maiores times da história, e o time campeão da América em 1976, com Palhinha, Jairzinho, Zé Carlos e Joãozinho.
Os anos se passaram e poucas mudanças ocorreram no uniforme da Raposa, a não ser pela entrada de patrocinadores nos anos 80 e tradicionais camisas cheias de desenhos geométricos ou brilhantes nos anos 90, como a camisa azul cheia de detalhes utilizada entre 1992 e 1996, e a camisa branca com vários tons de azul feita pela Finta, em 1996. Em 1997, ano de mais uma Libertadores do clube, o azul ganhou mais estrelas espalhadas pelo uniforme e a volta das golas na cor branca. Em 1998, o clube começou a usar o escudo no lugar das estrelas no peito, algo que se tornaria padrão a partir dos anos 2000, época da Tríplice Coroa, de Alex e do time que encantava a torcida no Mineirão.
Desde então, o Cruzeiro segue tradicional e só deixa a inovação para os terceiros uniformes, que vez ou outra são na cor amarela ou verde. Campeão brasileiro de 2013, o clube quer voltar a brilhar no cenário continental como fez nos anos 70 e 90, tempos em que a camisa azul se destacava como única e inconfundível de um dos clubes mais vitoriosos do continente.
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Este texto foi escrito por Guilherme Diniz do blog Imortais do Futebol. Gostou da matéria ou gostaria de ver a história de algum clube em específico? Deixe sua opinião no comentário. E curta a fan page do Imortais:
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