Há algumas semanas, o contrato que o Corinthians e a VaideBet haviam celebrado no início do ano, foi rescindido, provocando uma mudança no contexto dos patrocínios esportivos no país. Devido às denúncias de irregularidades, a empresa de apostas esportivas, que estampava a parte mais nobre do uniforme do clube paulista, encerrou o vínculo após ativar uma cláusula anticorrupção. A decisão foi tomada, após a Polícia Civil abrir uma investigação preliminar para averiguar irregularidades envolvendo o pagamento de comissão para uma empresa laranja, com isso, o contrato, que previa um pagamento de R$ 360 milhões até 2026, foi cancelado unilateralmente pela bet.
Com essa decisão, o Flamengo passa a ter o maior patrocínio master do país em contrato firmado com a Pixbet. O vínculo, que à princípio rendia ao clube rubro-negro cerca de R$ 85 milhões, foi inclusive renegociado para R$ 105 milhões anuais, após o clube se incomodar com as diferenças de valores, em relação ao alvinegro paulista. O acordo ainda prevê gatilhos que aumentam o valor investido para R$ 115 milhões em 2025 e R$ 125 milhões em 2026 e 2027, caso as partes se entendam por uma renovação automática, através de cláusula PlayFortuna pré-existente.
Fato é que o Corinthians inflacionou o mercado de bets e fez os valores aumentarem exponencialmente após seu vínculo com a VaideBet, no entanto, agora o clube está sangrando financeiramente e atuando com a camisa vazia e sem nenhum parceiro comercial, além de encontrar dificuldades de encontrar um substituto devido às polêmicas envolvendo dirigentes e o próprio clube, nas páginas policiais do país.
Apesar disso, Augusto Melo afirma já ter diversas propostas de outras casas de apostas para substituir a VaideBet no uniforme alvinegro. No entanto, jornalistas especializados no dia a dia do clube, garantem que até o momento, nenhuma proposta chegou perto do que o clube recebia da VaideBet, com valores girando entre 50 a 80 milhões por ano.
Não foi só o Flamengo, outros clubes também tiraram proveito de acordo corinthiano
Na esteira deste já “falecido” maior contrato da história do futebol brasileiro, outros times se beneficiaram. Caso do Vasco da Gama, que estava com a camisa limpa e conseguiu fechar um acordo com a Betfair, que renderá cerca de R$ 47 milhões anuais, com a possibilidade de chegar até R$ 70 milhões através de desempenhos esportivos. O Fluminense, por sua vez, garantiu um acordo com a Superbet, que substituiu a Betano, em contrato que representou um salto nos ganhos, já que a antiga parceria investia 16 milhões, enquanto a nova coloca um mínimo de R$ 42 milhões anuais, com mais alguns gatilhos que podem aumentar os ganhos para R$ 52 milhões/ano.
Bets dominam patrocínios da Série A do Brasileirão
As apostas esportivas dominam as camisas dos times da Série A do Campeonato Brasileiro. Neste momento, 70% dos times (14) tem uma casa de aposta estampada no espaço nobre da camisa.
A Esportes da Sorte (Athletico e Bahia), a Superbet (Fluminense e São Paulo) e a Betfair (Cruzeiro e Vasco da Gama) lideram o ranking, sendo parcerias de duas equipes cada. Além disso, outras oito bets aparecem. São elas: Betano (Atlético-MG), Betsat (Vitória), Blaze (Atlético-GO), Estrela Bet (Criciúma), Novibet (Fortaleza), PariMatch (Botafogo), Pixbet (Flamengo) e Stake (Juventude).
Apenas seis clubes não tem uma empresa de apostas como principal patrocinador em seus uniformes: Grêmio e Internacional (Banrisul), Palmeiras (Crefisa), Cuiabá (Drebor) e Red Bull Bragantino (Red Bull). O Corinthians, como já dito acima, está atualmente com o espaço vago.
Confira quais são os patrocínios master mais valiosos do país neste momento:
- Flamengo – R$ 105 milhões (Pixbet)
- Palmeiras – R$ 81 milhões (Crefisa por todos os espaços)
- São Paulo – R$ 52 milhões (Superbet)
- Vasco – R$ 47 milhões (Betfair)
- Fluminense R$ 42 milhões (Superbet)
- Grêmio – R$ 30 milhões (Banrisul)
- Internacional – R$ 30 milhões (Banrisul)
- Botafogo – R$ 27 milhões (PariMatch)
- Cruzeiro – R$ 25 milhões por ano (Betfair)
- Atlético-MG – R$ 18 milhões (Betano)