A Copa do Mundo de 1998, 15ª edição do torneio, foi a segunda a ser disputada na França, exatamente 60 anos após a primeira, que teve a Itália como campeã.
Foi nesta Copa que a Nike fez sua estreia, aparecendo pela primeira vez nas camisas das seleções Brasileira, Holandesa, Italiana, Americana, Nigeriana e Sul-Coreana. Foi a edição que marcou a estreia de Japão, Jamaica e Croácia em copas, sendo a seleção europeia a grande surpresa, ao terminar em 3º lugar.
Foi na França também que o alemão Lothar Matthaus chegou aos 25 jogos em copas, se tornando o atleta com mais partidas na história da competição. O torneio também teve o recorde de mais gols, com 171 tentos anotados, número igualado em 2014, no Brasil. E por falar em gol, a Alemanha sofreu seu 100º na história das copas na partida contra o México.
O treinador brasileiro Carlos Alberto Parreira se tornou o primeiro a ser demitido no meio da competição, após sua seleção, a Arábia Saudita ser derrotada nos dois primeiros jogos. Foi nesta Copa também que foi marcado o primeiro “Gol de Ouro”. Nas oitavas de final, o francês Laurent Blanc classificou a França contra o Paraguai com um tento na prorrogação. Ao marcar um gol contra Jamaica, atuando pela Croácia, Robert Prosinecki se tornou o primeiro jogador a marcar em copas por duas seleções diferentes. Ele havia feito um gol em 1990, atuando pela Iugoslávia.
Bola da Copa da França em 1998 era a Tricolore, feita pela Adidas.
No ramo da tecnologia, foram utilizados pela primeira vez marcadores eletrônicos pelos quarto-árbitros para anunciar os acréscimos das partidas. A primeira copa da era da internet também registrou mais de 1 bilhão de consultas em seu site oficial.
A campeã França
Os bleus chegaram à Copa de 1998 com muita expectativa em torno de si, não só por atuarem em casa, mas também por terem a melhor geração de sua história desde 1984, quando haviam vencido a Eurocopa. Eram considerados candidatos ao título, mas não os favoritos, tendo o Brasil esse “título”.
O elenco misturava nomes consagrados da seleção, como Didier Deschamps, Laurent Blanc, Marcel Desailly e Youri Djorkaeff, com jovens expoentes: Thierry Henry, David Trezeguet e Patrick Vieira, além do maior nome daquela geração, e porque não da história da França, Zinedine Zidane.
Até aquele momento, a França havia tido como melhor resultado o 3º lugar em 1986, no México, justamente na última Copa que havia disputado, quando ainda jogavam Michel Platini, Jean Tigana e Jean-Pierre Papin. Anteriormente, os bleus haviam conquistado o 3º lugar na Suécia, em 1958, com grande destaque para Just Fontaine, autor de 13 gols naquela edição, o recorde até hoje.
Mas para chegar ao topo da competição, a França sofreu bastante. Após uma fase de grupos tranquila, com vitórias sobre África do Sul (3×0), Arábia Saudita (4×0) e Dinamarca (2×1), os franceses encararam o Paraguai nas oitavas e só venceram por 1×0 com gol de ouro de Laurent Blanc. Nas quartas, precisou dos pênaltis para passar da Itália, após novo empate em 0x0 no tempo normal e prorrogação. A adversária das semis foi a surpreendente Croácia e tudo parecia ir por água abaixo quando o artilheiro Davor Suker abriu o placar, porém, Lilian Thuram, iluminado, marcou duas vezes para classificar os franceses para sua primeira final. O último jogo, contra o Brasil, acabou sendo o mais fácil, com um 3×0 acachapante, dois de Zidane e um de Petit, já no final do jogo.
Seleção Brasileira
O Brasil vinha do tetracampeonato e era franco favorito ao título daquela edição. Tinha como principal destaque Ronaldo, então melhor jogador do mundo, fazendo sua estreia oficial em copas, já que não atuou em 1994. Além do camisa 9, despontavam como craques o lateral Roberto Carlos e Rivaldo, além dos seguros Taffarel e Dunga, o capitão.
Apesar do corte de Romário dias antes da estreia, a confiança ainda era muito grande. Bebeto, seu parceiro em 1994, seria o titular ao lado de Ronaldo no ataque canarinho.
A estreia foi mais difícil que o esperado, com uma vitória apertada por 2×1 frente a Escócia. No segundo jogo, o primeiro gol de Ronaldo em copas e vitória tranquila por 3×0. Aí veio a Noruega e mostrou que nossa seleção não era imbatível, ao vencer por 2×1.
Nas oitavas uma vitória tranquila frente ao Chile, por 4×1, sendo este o último jogo fácil da seleção. A Dinamarca surgiu como adversária nas quartas de final e em um dos melhores jogos da Copa, o Brasil venceu por 3×2, com Rivaldo inspirado. Nas semis veio a pedreira Holanda, adversária em 1994, e mais uma vez o jogo reservou fortes emoções, sendo considerado por alguns o melhor jogo daquela edição. O placar final apontou 1×1, gols de Ronaldo e Kluivert, e a disputa foi para os pênaltis. Taffarel brilhou e pegou dois para classificar o Brasil a mais uma final.
E na final, todos nós já sabemos da história. Convulsão de Ronaldo, Edmundo titular nas prévias, Ronaldo volta, diz que vai jogar, Brasil entra em campo e leva um baile dos franceses por 3×0.
Fornecedoras das camisas da Copa 1998
Os uniformes da Copa do Mundo 1998 foram feitos por 12 fornecedoras diferentes. A Adidas, que vinha sendo a principal marca nas últimas Copas, ganhou uma adversária a altura, a Nike, que logo em sua estreia empatou com a marca alemã com seis seleções cada.
As três listras apareciam nos uniformes da Alemanha, Argentina, Espanha, França, Iugoslávia e Romênia, enquanto o Swoosh era estampado nas camisas do Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, Holanda e Nigéria. A Itália também tinha uniformes da marca americana, mas estampava a logomarca somente na etiqueta, devido à uma cláusula no contrato.
A segunda marca com mais presença na Copa da França foi a alemã PUMA, que contava com cinco seleções: Áustria, Bulgária, Camarões, Irã e Marrocos.
Inglaterra, Escócia e Noruega, eram patrocinadas pela Umbro, a terceira marca com mais representantes, junto da Reebok, que fornecia os uniformes do Chile, Colômbia e Paraguai.
Com duas seleções apareciam duas marcas italianas, a Kappa, que fabricava os uniformes da África do Sul e da Jamaica, e a Lotto, com a Croácia e a Tunísia.
Com apenas uma seleção, cinco marcas diferentes: A ABA Sport que fabricava os uniformes do México, a Hummel que apareceu com a Dinamarca, a Diadora, que apareceu nas camisas da Bélgica, a Asics, que era parceira da Seleção do Japão, e por fim, a Shamel, que era a fornecedora dos uniformes da Arábia Saudita.
Uniformes da Copa do Mundo 1998
Relembre abaixo os uniformes titulares de cada uma das seleções da Copa do Mundo de 1998 na França (Imagem – Classic Football Shirts):
Qual dos uniformes da Copa do Mundo 1998 foi o mais bonito na sua opinião?