O site do jornal O Povo, de Fortaleza, trouxe nesta semana uma matéria especial sobre os dois primeiros anos da marca própria do Fortaleza Esporte Clube, a Leão 1918, que até o momento tem sido considerada um sucesso pela diretoria da equipe.
Segundo, a cúpula que comanda o Leão hoje, a decisão de lançar a marca própria envolvia um grande risco, por alguns fatores, como não estar mais vinculado com uma fornecedora grande, como a Kappa, perder qualidade do material e a necessidade de comprar direto da fábrica, assumindo todos os riscos financeiros da produção e venda.
Dois anos depois, a atual diretoria do clube considera a Leão 1918 um grande sucesso e que já considera “um caminho sem volta” em razão de todo esse sucesso.
O vice-presidente do Fortaleza, Marcelo Desidério, disse ao “O Povo” que ainda há muito a evoluir. “Tudo tem que ser muito planejado, bem pensado, até porque precisamos manter a qualidade. Assim, precisamos evoluir sempre em profissionalismo e logística, jamais dar um salto maior do que a perna sob risco de ficarmos com um prejuízo enorme”.
A partir da criação da marca própria, o Fortaleza obteve controle absoluto das vendas, ganhou agilidade e poder de decisão nos lançamentos, além de aumentar e muito o faturamento em relação aos compromissos anteriores. Para efeito de comparação, em um antigo contrato com a Penalty, o clube recebia 8% de royalties em cima das vendas que a empresa informava. Hoje, o Fortaleza fica com cerca de 50% do valor de cada camisa. “Mas é evidente que temos que pagar impostos e outros custos em relação a esses 50%, mas ainda assim é muito mais vantajoso para gente, que praticamente não ficava com dinheiro nenhum. Só dá pra fazer esse modelo em clubes de massa”, completou Desidério.
O grande segredo do sucesso da marca é a torcida, que comprou a ideia e tem feito sua parte, esgotando os produtos muito rápido após o lançamento. O grande destaque é a camisa “Centenarium”, que vendeu 15 mil unidades. A camisa “Copa”, feita para o Mundial da Rússia, vendeu sete mil unidades.
O presidente Marcelo Paz confirmou que em julho deste ano, num programa de televisão local, que só o faturamento bruto com venda de camisas atingiu R$ 600 mil. A estimativa para todo o ano de 2018 é de pelo menos R$ 5 milhões a R$ 6 milhões.
Segundo a publicação, não depender de aprovação e do ritmo das empresas grandes também é um benefício de ter marca própria. A camisa L’éternité, lançada oficialmente em setembro, teve um processo de concepção de cinco meses desde os estudos do designer Bruno Bayma, responsável pelos desenhos das camisas do Fortaleza desde o começo da Leão 1918. O clube ainda lançará também uma camisa para o Outubro Rosa em breve.
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