O escudo do Colo-Colo é um dos mais “diferentões” do mundo, tendo um design super simples, mas com um significado imenso, fazendo referência às origens do clube e a boa parte da história do Chile e da América do Sul como um todo.
A começar pela figura do índio mapuche, povo que ofereceu grande resistência ao processo de colonização da América, principalmente durante a invasão espanhola no século XVI. O nome “Colo-Colo”, para quem não sabe, é originário de um dos caciques dessa tribo.
Tarja preta no escudo carrega “luto eterno”
Mas, além disso, outro detalhe já tradicional no escudo, quando estampado nos uniformes da equipe, é a tarja preta colocada sempre acima da figura do índio.
A tarja é utilizada em homenagem a um dos fundadores e primeiro capitão do clube, David Arellano, conhecido por ser o “inventor” da “chilena”, ou bicicleta no dialeto futebolístico brasileiro. O jogador foi o primeiro a mostrar o movimento na Europa, durante uma excursão, em 1927.
Foi nessa mesma excursão que Arellano sofreu uma pancada no estômago, durante amistoso contra o Valladolid. Esta lesão se transformou em uma Peritonite (inflamação na região abdominal) que acabou levando-o à morte. Desde então, o Colo-Colo adotou “luto eterno” e carrega uma tarja preta em seu uniforme.
À princípio, essa tarja era usada no braço esquerdo, como os clubes costumam fazer normalmente, mas à partir de 1971, o clube resolveu oficializar essa homenagem na camisa e o utiliza acima do escudo.
Hoje, David Arellano dá nome também ao estádio dos campeões da Libertadores da América de 1991, os únicos chilenos a conseguir tal feito.
Outro fato curioso é em relação à braçadeira de capitão do Colo-Colo, que traz a bandeira da Alemanha. Já falamos deste caso aqui. Relembre!
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